Cientistas italianos afirmam ter realizado, pela primeira vez,
ultra-sonografias que comprovam a existência do ponto G – uma área que, quando estimulada, pode
proporcionar às mulheres orgasmos intensos. A terminologia “Ponto G”, dada em homenagem
a Ernest Gräfenberg em 1950, refere-se a uma área poucos
centímetors acima da saída da vagina, no lado mais próximo ao estômago.
Embutida nessa zona estão as glândulas de Skene, o equivalente (em princípio)
nas mulheres à próstata.
Nos homens, a próstataproduz o líquido seminal (só o
líquido). Nas mulheres, as glândulas de Skene produzem uma substância
igualmente aquosa que pode explicar a ejaculação feminina. O tecido que cerca
essas glândulas, que inclui parte do clitóris e que chega ao interior da
vagina, inunda-se de sangue durante o ato sexual. Claro que isso é uma
evidência que o tecido nervoso de alguma região aí localizada produz um
orgasmo diferente daquele produzido pelo estímulo clitoriano.[1]
A notícia não é nova, e é matéria de estudos do grupo de
italianos há bastante tempo[1]. No estudo, publicado na revista
Journal of Sexual Medicine, o cientista Emmanuele Jannini, da Universidade de Aquila,
Itália, afirma que, até agora, havia poucas evidências de
certezas sobre a existência do ponto G, que ficaria localizado entre a
vagina e a uretra.
Segundo o ginecologista, os exames inéditos revelaram claras
diferenças anatômicas entre mulheres que disseram ter atingido orgasmo vaginal
e outras que não vivenciaram a experiência. Este tipo de orgasmo é atingido pelo
estímulo da parede vaginal, sem a fricção simultânea do clitóris.
Os
especialistas realizaram varreduras de ultra-som e, as que tinham orgasmos,
acusaram um claro espessamento do tecido
uretrovaginal, que seria associado ao orgasmo vaginal.